Meu nome é Jacquelyn Johnson e eu tenho vinte e dois anos. Eu cresci sempre acreditando que Deus existia. Minha mãe sempre brincava lá fora comigo. Em Romanos, nós descobrimos que a criação testifica de Deus e dos atributos Dele, e isto é verdade mesmo. Eu me lembro de olhar para as nuvens e as estrelas e até mesmo as formigas e algo dentro de mim dizia “Existe um Criador.”
Eu me lembro da minha mãe rezando comigo antes de eu ir pra cama. Ela me criou para ser obediente a ela e ao meu pai.
Quando chegou a hora de eu ir para o primário, eu fui para uma escola Católica. Eu passei por muitos dos rituais Católicos, Nós tínhamos aulas religiosas e nós até tínhamos missas toda terça-feira e quinta-feira de manhã. Meus professores eram pessoas morais e a ideia de ser moral simplesmente me atraía. Isso era algo que eu queria ser.
Eu me lembro da minha primeira confissão. O padre me passou dez orações “Pai Nosso” como penitência para remover o meu pecado. E desse ponto em diante, toda noite antes de eu ir para a cama Eu dizia aqueles dez “Pai Nosso” Eu nunca achava que tinha errado, mas eu pensava, “bem, por via das dúvidas, eu quero ter um plano reserva e aqueles dez “Pai Nosso” eram meu plano reserva. E desse ponto em diante, eu sempre tive essa ideia de que espiritualmente, você tinha que trabalhar pelas coisas e que espiritualmente, você tinha que merecer as coisas.
Durante o resto dos anos, enquanto eu crescia, eu fui a epítome de uma pessoa boa. Eu era sempre, “Sim, senhora.” Eu era sempre, “Não, senhora.” Eu sempre tirava boas notas. O único álcool que eu consumi era vinho da ceia Católica. Eu nunca falei palavrões. Eu ia à missa de tempos em tempos. Eu rezava frequentemente e eu até lia a minha Bíblia de vez em quando. E as pessoas sempre me elogiavam. Elas sempre diziam, “Ah, ela uma pessoa tão boa!” “Ah, ela é tão gentil!” “Ah, ela é tão respeitosa!” E eu comecei a acreditar que eu era uma pessoa boa.
E era engraçado porque eu tinha essa ideia de que o céu avaliava em uma curva. Eu achava que Deus estava lá em cima e Ele estava olhando para as pessoas e que Ele estava separando as pessoas em porcentagens. E eu achava que as pessoas do topo da porcentagem eram aquelas que iriam para o Céu.
Então, eu olhava em volta, e via um homem se embriagando. Eu via uma menina lá se drogando. Eu via essa menina que estava sempre dormindo com várias pessoas. Eu via essa menina que estava xingando os pais. E comparada a essas pessoas, eu me sentia muito bem sobre mim mesma. Eu achava que eu era uma pessoa boa. Eu achava que Deus estava satisfeito comigo e que eu iria para o Céu quando eu morresse. E não me prejudicaria o fato de eu ter todas essas boas obras para me apoiar. Quer dizer, eu ensinava os meus colegas de classe, eu ia para asilos, eu fazia todo esse serviço comunitário e eu pensava, “Deus tem que estar satisfeito comigo.” E isso era exatamente o que eu pensava.
No segundo ano do Ensino Médio, minha mãe disse “Nós vamos visitar uma igreja Batista.” E crescendo no ambiente em que eu cresci, você ouve todas essas piadas sobre os batistas “Eles são tão sérios, eles não cantam, eles não dançam, eles se vestem como se fossem de outro século.” Mas, nós fomos mesmo assim. E uma das primeiras coisas que eu me lembro distintivamente é de levar mesmo a Bíblia para a igreja, e não somente isso, mas abrir a Bíblia de verdade na igreja. Todo mundo lá era tão agradável. Eles eram tão gentis. Eles não estavam caindo no sono lá. E primeiro eu pensei, “Isto tem que ser falso.” Mas, algo na minha mente dizia, “Quer sabe, isso não é importante. Eles são pessoas morais, eu sou uma pessoa moral, eu vou me encaixar direitinho.”
Então, nós continuamos indo aquela igreja. E em alguns dos primeiros sermões que eu ouvi, o pastor mencionou palavras como “nascido de novo” e “salvo”. Eu nunca tinha ouvido essas palavras antes. Eu nem sabia de onde o pregador tinha tirado essas palavras. Eu achava que ele tinha inventado. Mas eu pensei, “Quer saber, com o passar do tempo, eu vou descobrir o que essas palavras significam.”
E eu me formei no Ensino Médio e eu estava perfeitamente satisfeita com a minha vida. Espiritualmente, eu me sentia bem sucedida, eu sentia que estava bem com Deus. Tudo estava bem. E no verão do meu último ano de Ensino Médio, as coisas começaram a mudar. Por três meses, não havia nada além de conflito e disputas contantes. Entra dia e sai dia, só havia brigas e isso começou a pesar muito em mim. Eu tentava ir pro meu quarto, eu tentava evitar todo mundo, Eu tentava fingir que os problemas não existiam. Mas eu era constantemente confrontada com o que estava acontecendo na minha família.
E então, um dia, esse pedacinho de raiva e essa pedacinho de ira e ódio começou a crescer. E chega nesse ponto em que é como um câncer e consome tudo dentro de mim. Chega num ponto em que tudo que eu penso são pensamentos homicidas, cruéis, maléficos. E então um dia esses pensamentos se viraram para mim e eu comecei a me odiar, Eu começo a me desprezar, eu começo a odiar a minha vida e eu quero uma saída. Eu não quero esperar até Agosto para me mudar. Eu quero uma saída agora, eu quer terminar a minha vida agora.
Então, eu pensei em diferentes formas para me matar. Houve algumas vezes em que eu cheguei muito, muito perto. Eu percebo agora que foi a graça de Deus, mas naquele tempo, eu fiquei com mais raiva porque eu não tinha nem a coragem de me matar e a coragem de terminar a minha vida.
E eu me lembro de uma vez, eu estava sentada contra o lado da minha cama, meus joelhos contra o meu peito, e eu chorando de soluçar. E alguma coisa me atingiu, foi um momento de perfeita claridade. Naquele momento eu vi que todos aqueles pensamentos assassinos, e suicidas era imundos e eles me deixaram literalmente enojada. Quando mais eu pensava, mais eu percebia que as minhas supostas boas obras e toda a minha suposta bondade não tinham nada a ver com Deus. Era tudo por mim. Era tudo pelo meu ego, minha reputação. Como eu parecia.
Jeremias 17:9 diz que o coração é enganoso. E eu olhei para trás para aqueles dezesseis anos da minha vida e eu percebi, eu não tinha feito nada além de me enganar todo aquele tempo. E eu estava com mais raiva de mim mesma, eu estava enojada comigo mesma, Eu estava enojada com a minha natureza. Eu queria mudar, mas, fisicamente e mentalmente e emocionalmente, eu estava exausta demais para tentar me reformar. Eu estava exausta demais para tentar descobrir como consertar isto. Então, eu fiquei apática. Tudo que eu queria fazer era ficar na cama e viver dia após dia e morrer e acabar logo com toda essa coisa de existência. Eu estava cansada.
Em Agosto de 2005, eu me mudei para o meu dormitório em San Antonio. Era uma semana ou duas antes das aulas começarem e eu liguei o rádio num programa Cristão e tinha esse apresentador e ele estava falando com um homem. E uma das primeiras coisas que o apresentador fala para aquele homem é “Você sabia que em Mateus 5, Cristo diz que ficar realmente irado com alguém, ficar muito odioso contra alguém é equivalente a homicídio?” Eu nunca tinha ouvido isso antes. E eu achei que o apresentador estivesse mentindo. E eu pensei “Deus… de jeito nenhum que Deus disse isso.” Então eu peguei a minha Bíblia, Eu fui para Mateus 5 só pra provar que esse cara tava errado e realmente, aquilo era exatamente o que Cristo disse.
E o cara disse “Bem, eu sou uma pessoa boa.” E eu teria dito aquilo também, “Bem, eu sou uma pessoa boa.” Mas, o apresentador levou aquele homem a Romanos capítulo três, versículos dez até dezoito. E o apresentador estava lendo aqueles versículos, e eu lendo junto. “Não há ninguém bom, não, nem um sequer. Não há quem busque a Deus.”
Ninguém nunca tinha se dado a trabalho de me dizer “Você não é uma pessoa boa. Tem algo errado com você.” Mas, o próprio Deus estava me dizendo que eu não era boa. Imediatamente, eu começo a pensar em desculpas, eu começo a pensar em defesas. “Bom, e quanto aos meus atos de bondade, Deus? E quanto às minhas boas obras?”
E, pela soberania de Deus, foi exatamente isso que o homem sendo entrevistado disse. E o apresentador levou aquele homem à Isaías 64:6, “Todas as nossas boas obras são como trapos de imundícia.” Eu aprenderia mais tarde que aquela expressão, “trapos de imundícia”, significa toalha de menstruação. Fora de Cristo, todos os nossos pequenos atos de bondade são uma abominação, imundos diante de Deus.
Eu comecei a entrar em pânico. Pela primeira vez na minha vida, eu estava com medo. Eu comecei a juntar dois mais dois. Se ódio é igual a homicídio, se não existe ninguém bom, se eu não posso fazer nada que seja bom o suficiente para ir para o Céu, então eu e todo mundo à minha volta merece o Inferno. Então a Jacquelyn Johnson, pequena senhorita notas perfeitas, pequena senhorita boazinha e certinha, pequena senhorita perfeita, merece o Inferno.
E eu comecei a entrar em pânico. Eu comecei a folhear a minha Bíblia, lendo passagens. E eu cheguei em Efésios, capítulo dois, e no começo daquele parágrafo fala-se de como o homem é naturalmente morto em pecados, como ele é um filho do diabo e como ele é um filho da ira e como isso só pode mudar por intermédio de Cristo.
O que me atingiu nessa passagem é que não existe algo no meio. Ou você está morto no seu pecado, ou vocês está vivo em Cristo. Você é um filho do diabo e um filho da ira, ou você está revestido da justiça de Cristo, da justiça Dele. Não existe área cinza. Não existe “em cima do muro”, não existe território no meio.
E se você tivesse me perguntado naquele momento, “A Jacquelyn Johnson ama a Deus?”, eu teria dito, “Bem, eu estou, assim, no meio. Eu não O amo… eu não sou um desses Jesus Freaks (loucos por Jesus), mas eu também não odeio Deus.”
Mas, sabe o que as Escrituras dizem? Elas dizem que eu estava morta nos meus pecados. As Escrituras dizem que eu me amo mais do que eu amo a Deus. As Escrituras dizem, em Romanos, capítulo oito, que a minha mente estava em inimizade com Deus. Eu era inimiga de Deus, contrário ao que eu teria dito para você naquele momento.
E então eu comecei a pensar, “Deus requer perfeição?” E finalmente, a resposta é sim. Você precisa ser perfeito para entrar no Céu. E você sabe, as pessoas dizem “Isso é absurdo!” Mas, pense nisso: Deus é perfeito, Deus é Santo, Deus é justo. Baseado só nessas características, Deus não pode tolerar pecado na presença Dele. Ponto final.
Tiago 2:10 diz que se você quebrar a lei em um ponto… você conta uma mentirinha, uma vezinha, você transgrediu a lei inteira. Você pode desistir. Game over. E, novamente, as pessoas dizem “Isso é ridículo!”
O que as pessoas não percebem, e o que eu não percebi por dezoito anos da minha vida é que nós não somos julgados de acordo com o padrão que nós inventamos. Nós somos julgados de acordo com o padrão de Deus. Nós não somos julgados comparando nós mesmos com as pessoas à nossa volta. Porque o engraçado é que você sempre pode encontrar alguém que parece pior do que você. Você sempre pode achar alguém que levanta o seu ego e levantar o seu senso de auto estima e levantar o seu senso de orgulho.
É como pegar uma ovelha e colocá-la contra a grama. Esse animal pode parecer bastante branco. Você pega esse mesmo animal e coloca essa coisa contra a neve, e parece imundo e parece sujo. Não é mais tão limpo.
E é exatamente isso que a Palavra faz. As Escrituras são como um espelho. Deus mostra pra você, esta é a sua natureza verdadeira, isso é o que você realmente é, é assim que Eu te vejo e, no final, é só isso que importa.
E foi isso que aconteceu. Deus me confrontou. Ele me mostrou que eu tinha uma ficha pecaminosa diante Dele. Ele me mostrou que a minha mente e o meu coração e tudo em mim era imundo, era perverso, era maligno, era depravado, era destituído. Não havia nada de bom em mim. Ele me mostrou que eu não tinha mérito algum em mim ou de mim mesma para me salvar. Eu não era boa.
E mais importante, Ele me mostrou que, por dezoito anos da minha vida, eu havia pecado contra Ele. O mesmo Deus que me deu a vida, por dezoito anos eu não tinha feito nada além de levantar o meu punho contra a face Dele. Eu estava humilhada e quebrantada. Toda defesa que eu já tinha conhecido foi despida e eu desisti de tentar me salvar. E com o rosto em terra, eu clamei a Deus “Deus, não me deixe! Deus, salva-me! Deus, perdoa-me! Deus, ajuda-me! Deus, muda-me!” E Ele fez! E eu me virei, eu me arrependi de todo o meu lixo de justiça própria e deixei de ser o meu próprio Deus, de ser o meu próprio ídolo. Eu virei as costas disso e me tornei para o Deus das Escrituras, o Único Deus Verdadeiro.
E eu não posso levar crédito algum por isso. Eu não posso levar qualquer glória por isso. Foi tudo pela graça de Deus! Foi tudo obra Dele. Somente a Deus seja a glória! Somente a Ele!
E o importante sobre Cristo ter morrido na cruz não é simplesmente que alguns romanos o chicotearam, colocaram uma coroa de espinhos na cabeça Dele. É que naquela cruz, Cristo tomou o cálice da ira de Deus, e Ele bebeu gota por gota. E quando o cálice foi virado, não havia mais nada. E Cristo disse, “Está consumado!” Está consumado!
E o importante é que Cristo não merecia aquela ira. Ele era sem pecado e Ele foi perfeito em palavra, pensamento e ação. Ele não merecia aquilo, mas, eu merecia. E Ele tomou a minha ira, o meu castigo por mim. E Ele não apenas tomou o meu pecado, mas agora quando Deus olha para mim, aquela menina que era tão suicida e tão arrogante e tão cheia de justiça própria, quando Ele olha para essa menina, Ele vê a justiça perfeita do Filho Dele. Ele vê a perfeição do Filho Dele quando Ele olha para mim.
E não somente isso, mas na cruz, Cristo comprou para mim uma nova natureza. Ele não usou outro e Ele não usou prata. Ele comprou uma nova natureza para mim com o precioso sangue Dele.
Ezequiel 36:26 diz que Deus tirou o meu coração de pedra e Ele me deu um coração de carne. Ele me deu novos desejos. O pecado que me fazia rir, o pecado que eu gostava, o pecado no qual eu rolava, eu odeio. E eu tropeço sim, mas, a minha atitude em relação a essas coisas é completamente diferente. A minha atitude em relação a Deus é completamente diferente.
Ele tomou uma alma que era morta e destituída, que era indefesa e pecaminosa e Ele soprou vida nessa alma.
Eu era uma filha do diabo, eu era uma filha da ira. E agora, pela graça de Deus, eu sou uma filha de Deus. Eu estou revestida da justiça de Cristo. E é exatamente isso que quer dizer nascer de novo. É exatamente isso que é ser Cristão.
Isto não é nem sobre evitar o Inferno. Isto é sobre saber que quando eu morrer, eu passarei a eternidade conhecendo e estando na presença do meu Salvador. Eu tenho o privilégio de passar a eternidade aos pés Dele, agradecendo a Ele e O adorando por tudo que Ele fez. E o mais importante, por tudo que Ele é. Isso é o que eu tenho o privilégio de passar a eternidade fazendo! E ir para igreja, ler a Bíblia, dizer o dez “Pai Nosso” antes de ir dormir, abster-se de beber e ter uma boca limpa, todas essas coisas não vão salvar você.
Eu passei dezoito anos da minha vida como um Fariseu cheio de justiça própria. Eu me enganei e me fiz pensar que eu era boa. Eu me enganei e me fiz pensar que eu era uma Cristã. Mas, Cristandade não é dada menos do que um ato sobrenatural de Deus.
Examine-se a si mesmo para ver se você está na fé. E não se engane. Não pense por nem um momento que viciados em drogas, prostitutas e pessoas que vão no AA são as únicas pessoas que precisam de um Salvador. Não me entenda errado, essas pessoas precisam desesperadamente de Cristo! Mas, os arrogantes, os orgulhosos e os cheios de justiça própria também!
Não se engane! Nós chegamos em Mateus 7 e há homens e mulheres diante de Deus no Dia do Julgamento e eles dizem, “Deus, eu disse que Deus existia! Deus, eu disse que Jesus era Senhor! Eu fui para a igreja, Eu me chamei de Cristão, eu fiz todas essas coisas no Teu nome!” E o que Deus vai dizer para essas pessoas? Ele vai dizer “Apartai-vos de Mim, vós que praticais iniquidade! Eu nunca vos conheci. Eu nunca vos conheci.”
Então, eu lhe faço esta pergunta hoje. Ele conhece você? Ele conhece você ou você está só fingindo com a sua espiritualidadezinha e a sua moralidade e com o seu senso de religião? Deixe-me dizer isto por experiência: você pode enganar muita gente. Eu fiz isso por dezoito anos da minha vida. Você pode até enganar você mesmo. De novo, eu fiz isso por dezoito anos da minha vida. Mas, Deus, Deus nunca será enganado e de Deus não se zomba. Não pense nem por um momento que você pode passar a perna em Deus, que você pode subornar Deus com as suas pequenas obras.
O padrão de Deus não é nada menos que perfeição. E se você não está em Cristo, você não atinge esse padrão. Se você não está em Cristo, você pode dar todo o seu dinheiro para a caridade, você pode fazer todas essas coisas, você pode fazer todas essas obras, você pode estar na igreja vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, mas isso não importa. Você precisa estar em Cristo para atingir o padrão de Deus!
Mas, graças sejam a Deus que nós servimos um Deus de misericórdia e que demonstra graça! Nós servimos um Deus, eu sirvo um Deus que é poderoso para salvar. Ele salva pessoas, e Ele me salvou. Ele me salvou!